É... Eu conheço o Monitoramento Jovem de Políticas Públicas (MJPOP) há algum tempo. Na verdade, desde que ele era conhecido por CBPM (sim, aquela sigla em inglês complicada que ninguém entendia direito).
Mas desde o início do processo lá em Fortaleza muita coisa mudou, não apenas o nome.
São novas fases, novos passos, novo público, novas cidades (seja bem-vinda, galera paulistana!). O objetivo? Este continua o mesmo: a vontade de transformar a realidade, de mudar sistema e estruturas injustas.
Hoje são jovens de várias comunidades no Rio de Janeiro, no Ceará, em Minas Gerais e em São Paulo; todos investindo tempo em conhecer as fortalezas e os problemas de suas comunidades e, junto com elas e com outros atores (igrejas, organizações, governos, etc...), pensando e propondo soluções que melhorem a vida de todos.
O processo é recheado de coisas bacanas.
São vários momentos de formação em temas relacionados à democracia, política pública, orçamento público, entre outros. Há também o reconhecimento dos possíveis aliados no processo de construção do plano de ação comunitário (onde aparecem as propostas coletivas de melhoria na comunidade, lideradas pelos jovens e construídas por vários moradores das respectivas comunidades) e a construção das estratégias para alcance e envolvimento do Poder Público. E, ao longo de todo o processo, há a integração e troca de experiências entre os vários grupos de jovens sobre suas conquistas e desafios.
Mas nem tudo são flores, Às vezes é difícil mobilizar o pessoal para participar das discussões sobre os problemas da comunidade e as possíveis soluções. E nem sempre é fácil ‘convencer’ a todos de que um grupo de jovens é legítimo e capaz de liderar um processo de mobilização comunitária para monitorar serviços e políticas públicas.
Mas a turma é perseverante e não se abala!
São muitas Adrianas, Paulinhos, Joyces, Delmas, Vinícius, Cristinas... Todos buscando uma maneira de melhorar sua rua, sua comunidade, seu bairro, com eficiência, compromisso e suor. Sim, por que dá muito trabalho. Mas vale à pena!
Desde o menor ao maior resultado. Pelas relações construídas. Por tudo aquilo que aprendemos e compartilhamos no processo de entender quem somos e qual o nosso papel na construção de um presente digno e de um futuro melhor.
(Maria Carolina – Assessora-chefe de Advocacy da Visão Mundial)